Pra não dizer que não falo mal do Brian May….

Quem acompanha meu blog sabe o quanto sou fã e escrevo sobre o Brian May, guitarrista do Queen. Em março deste ano, assim que soube que seria lançado um novo CD dele com a Kerry Ellis, escrevi um post, porque vi que, na lista de músicas do CD, estava uma música incrível, Story of a Heart, composta pelo Benny Andersson e pelo Björn Ulvaeuss, do ABBA, e gravada pela banda do Benny, chamada BAO (Benny Anderssons Orkester). Naquele post, falei de como essa música era totalmente no estilo ABBA, tanto no arranjo como nos vocais, e como, justamente por isso, estava ansioso e com grandes expectativas pra ver como ficaria a versão da música gravada pelo Brian.

Após uma considerável espera, consegui minha cópia desse novo CD do Brian e da Kerry Ellis, Golden Days. Como sempre faço com os novos CDs, fui ouvindo ele inteiro, da primeira à última música, curtindo e avaliando cada uma, mas ansioso para ouvir “Story of a Heart”, que, pra meu desespero, é a música 12 (penúltima) do CD.

Mas, quando finalmente chegou a música, fiquei decepcionado. Não que a versão seja ruim. A música é excepcional, a voz da Kerry Ellis combina com a música, o arranjo é fiel e bem feito. Mas, acho que eu estava esperando um arranjo mais imponente, à la Queen, com a guitarra bem preponderante, e não foi o que veio. Essa é a versão do Brian e da Kerry Ellis:

 

 

Depois, pensando por que eu teria me desapontado, cheguei à conclusão que é porque o arranjo original é bom demais, e muito característico de uma banda fenomenal, que é o ABBA, como dá pra ver aqui:

 

 

 

Então, seria a mesma coisa que pedir pro Benny e pro Björn, do ABBA, regravarem uma música do Queen e esperar que façam algo que ao menos igual ao original, o que acho difícil.

Enfim, acho que quando o arranjo é muito elaborado, bem feito e característico de uma banda, embora não seja impossível, é muito difícil conseguir fazer uma versão à altura do original. Um exemplo que tenho é a regravação, pela minha queridíssima Susanna Hoffs, das Bangles, com o Matthew Swett, da incrível Killer Queen, do Queen. O arranjo é tão bom que, praticamente, foi reproduzido na íntegra. Mas, mesmo com a voz deliciosa da Susanna, a música ficou meio sem identidade:

 

Em relação às outras músicas, são muito boas, especialmente “Roll with You” e “The Kissing Me Song”, que eu adoro. “Born Free” e “I Who Have Nothing” eu dispensaria, porque já foram gravadas pelos dois antes. Então, achei dispensável colocar de novo nesse CD. Mas, no geral, é um CD bem gostoso de se ouvir, no mesmo estilo dos anteriores do Brian com a Kerry Ellis.

E, pra terminar as críticas ao CD, achei as fotos do encarte bem sem noção. A primeira, apesar de achar sem graça, com a Kerry Ellis fazendo carinha de menininha tímida, é passável:

Brian May and Kerry Ellis

Mas a segunda foto, é muito sem noção. A única legenda que consigo pensar pra essa foto é: “Ah, que vergonha! O Tio Brian viu minha calcinha!!

Brian&Kerry 2

Enfim, apesar dessas críticas, continuo querendo e gostando de ouvir qualquer coisa com o Brian May e sua Red Special! E, como diz o ditado, mesmo falando mal, não consigo evitar de falar dele nesse blog 😀

Ha det bra!

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