Fico muito feliz sempre que sei que alguma banda ou músico que gosto está no estúdio, trabalhando em material novo. A alegria e a ansiedade aumentam mais ainda quando se anuncia o novo lançamento, com data marcada. Sei que muita gente não entende essa relação de paixão com determinadas bandas ou artistas. Mas, no meu caso, com as minhas bandas favoritas, essa espera é um momento mágico.
No caso do Queen, infelizmente tive pouco essa experiência. Me lembro da expectativa do lançamento do The Miracle, com as especulações sobre a capa revolucionária que teria o disco, cheia de efeitos visuais inovadores. Lembro de ver o lançamento do clipe de Breakthru no Fantástico, com direito ao Brian falando português.
Depois, lembro do lançamento de Innuendo. Quando lançou o single com a música Innuendo, em uma época em que não existia internet e as coisas eram lançadas aqui bem depois, sem contar que compactos já nem eram mais lançados no Brasil, uma correspondente (pen pal, coisa que não existe mais….) minha da Alemanha gravou a música em fita cassete e me mandou. Lembro exatamente da primeira vez que ouvi a música, na sala da casa dos meus pais, impressionado com a sofisticação do arranjo.
O lançamento de Made in Heaven foi diferente, porque já tínhamos perdido Freddie Mercury. A ansiedade se misturou um pouco ao medo de o que os três restantes fariam com o material já gravado pelo Freddie. Mas o resultado foi excepcional também.
Depois disso, o mais perto foi o lançamento de Cosmos Rocks, do Brian e do Roger com o Paul Rodgers. Apesar de amar o disco, não dá pra comparar a ansiedade da espera pelo disco novo, porque sabia que não era um disco do Queen.
Com as Bangles, pude viver mais essa ansiedade da espera de um disco novo, mas, infelizmente, com longas esperas. Lembro de esperar pelo lançamento do Everything, em 1988, mas que, apesar de ter muita coisa boa (incluindo Eternal Flame), me decepcionou um pouco. Mas, depois da frustração de ver a banda acabar, tive a imensa felicidade de poder curtir o lançamento de Doll Revolution, que marcou a volta da banda, e de Sweetheart of the Sun, que fizeram a espera valer muito a pena.
Mas, em termos de ansiedade da espera por um lançamento, nada tem me dado mais alegria do que minha querida La Oreja de Van Gogh. Pude curtir o lançamento de Guapa, ainda com a Amaia nos vocais, com tanta música boa. Mas acho que nada superou a ansiedade da espera pelo A Las Cinco en el Astoria, primeiro disco com a nova vocalista, Leire. A curiosidade de saber como sairiam as músicas na voz dela, o que mudaria no estilo, só aumentaram a ansiedade. Mas, o melhor foi ver que a banda continuava cada vez melhor e que a Leire se encaixou perfeitamente no grupo. Nesse lançamento, lembro da primeira vez que ouvi El Último Vals, ainda em uma versão gravada de alguma rádio, com o locutor falando em cima da gravação. Pura emoção, seguida por um CD inteiro excepcional.
Depois veio a ansiedade da espera por Cometas por el Cielo, também muito compensada por músicas incríveis. O lançamento de Primera Fila foi diferente. Apesar de algumas músicas novas (todas pelas quais sou apaixonado), era um disco ao vivo. Então, a ansiedade não era tão grande.
Agora, já estava há um tempo feliz com a notícia de que a banda estava de volta ao estúdio pra gravar material novo. Mas, agora que a banda anunciou uma data para o lançamento do primeiro single (próximo dia 16), a ansiedade está nas alturas! Explodiu mais ainda agora que já foi anunciado o título da nova música: Verano. Estava realmente com saudades de sentir essa sensação, de me imaginar ouvindo uma música nova, fresquinha, que tenho grandíssimas expectativas de que vou amar.
Então, que venha o verão no dia 16!
Piano Branco 
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