Unindo Queen e Ayrton Senna: uma homenagem ao nosso eterno tricampeão!

Hoje se completam 30 anos da morte de Ayrton Senna. Incrível como o tempo passa, mas continua fazendo falta. Mas, se há tristeza pela morte do Senna, há felicidade por ter vivenciado toda a sua carreira na Fórmula 1, desde seu início na Toleman, com aquela brilhante vitória na chuva em Mônaco (roubada pelo Balestre), até seu último GP em 1 de maio de 1994, pela Williams, passando pelos três títulos mundiais.

Então, hoje, resolvi prestar uma homenagem ao meu piloto favorito com uma música da minha banda favorita, o Queen. Essa homenagem, na verdade, tem uma história.

Em 1991, o Queen lançou o álbum Innuendo, último disco da banda lançado com Freddie Mercury ainda vivo. Além da icônica faixa título, o disco tem várias músicas incríveis, como Headlong, I Can’t Live With You, a reconhecidíssima The Show Must Go On e a emocionante These Are the Days of Our Lives, famosa por ter sido o último vídeo gravado por Freddie, já bastante debilitado, mas que, pra mim, é marcante por ser linda, ter uma letra linda e ter um dos solos mais lindos do Brian May, que me faz chorar.

Mas, além dessas, tem uma música que eu amei de cara quando ouvi o disco: Ride the Wild Wind. É uma música que, apesar de creditada ao Queen, como aconteceu em todas as músicas da banda desde o álbum The Miracle, foi composta pelo baterista Roger Taylor. E, ao estilo Roger (que, como todo mundo ficou sabendo pelo filme Bohemian Rhapsody, sempre curtiu carros e corridas), Ride the Wild Wind tem um beat acelerado e diversos sons de carros de corrida ao longo da música. Provavelmente por isso, sempre que ouvia a música, me vinham imagens de Fórmula 1 na cabeça, que eu imaginava combinariam perfeitamente com a música se fizessem um vídeo pra ela, o que acabou não acontecendo, infelizmente.

Mas, voltando a 1991, lá estava eu na casa dos meus pais, nas férias de julho da faculdade, e, por algum motivo, alguém da família pegou um player de vídeo cassete (VHS) para conectar ao nosso e poder fazer cópia de alguns vídeos, provavelmente filmes. Nisso, um dia, eu resolvi pegar imagens de umas fitas VHS que eu tinha de uma coleção da Quatro Rodas com as temporadas de Fórmula 1 de 1988, 1989 e 1990 (depois ainda teria a de 1991) e editar em cima da música do Queen. Foi muito trabalho. Cada temporada tinham duas fitas VHS. E eu ficava procurando imagens que casassem com o que eu via na minha cabeça a partir da música do Queen, tanto pelos sons como pela letra da música.

Virei a noite editando o vídeo e acho que só terminei mesmo no dia seguinte (bons tempos em que ainda era só estudante…). Mas, apesar do trabalho gigantesco, adorei o resultado e adorava ver o vídeo. Mas, naquela época, não existia Youtube e nem redes sociais (aliás, nem internet a gente tinha) e o vídeo ficou no final de alguma fita VHS minha.

Tempos depois, quando chegaram os DVDs, acabei digitalizando todas as minhas fitas VHS, incluindo o vídeo que tinha feito de Ride the Wild Wind. Mas, a imagem já não tinha aquela qualidade e nem o áudio. Volta e meia me dava vontade de postar aquele vídeo, mas sempre desistia por causa da qualidade do vídeo. Até que anteontem, quando me toquei que completaria 30 anos da morte do Senna, resolvi achar o vídeo para postar como homenagem.

Quando achei o arquivo com o vídeo, até me surpreendi. Achava que o vídeo estivesse bem pior (o que tinha me feito, inclusive, pensar em editar o vídeo para deixar em preto e branco). Já o áudio estava bem prejudicado, como era de se esperar de um áudio de VHS, gravado de um toca-fitas velhos. Então, pelo bem da qualidade do resultado, apenas substituí o áudio original com um arquivo mp3 decente. Mas não mexi nada nas imagens do vídeo.

E, lembrando, na verdade, quando editei o vídeo, em 1991, ele era um vídeo sobre Fórmula 1, inspirado pela música do Queen, não um vídeo para o Senna. É claro que, pra mim, Fórmula 1 era sinônimo de Ayrton Senna. Mas, na época que editei o vídeo, Senna estava vivo e mandando bem (tanto que foi tricampeão mundial naquele ano).

Na época, lembro que tive vontade de colocar o áudio do Galvão Bueno narrando uma vitória do Senna. Mas, de novo, na época não existia Youtube e, mesmo se eu conseguisse o áudio, nem ia conseguir mixar para colocar no vídeo. Então, aquilo ficou na vontade.

Mas, quando fui editar o áudio do vídeo com a música do Queen, me toquei que poderia, finalmente, complementar o vídeo com o que eu tinha em mente em 1991. Então, busquei o áudio do Galvão narrando a vitória do Senna no Brasil em 1991 e incluí no vídeo. E o resultado ficou como eu tinha imaginado!

Enfim, essa é a história desse vídeo, feito com muito carinho, que dedico ao eterno campeão Ayrton Senna, e à melhor banda do universo, o Queen.

Espero que gostem!

Das melodias subconscientes e dos autoplágios (continuação 2)

Há 7 anos publiquei o primeiro post sobre melodias subconscientes e autoplágios. Três anos depois, publiquei uma continuação do post, com uns casos que tinha acabado esquecendo de citar no primeiro.

Desde o segundo post, escrito já há 4 anos, alguns leitores do blog haviam me enviado uns casos que entendiam que se encaixavam no espírito do post. E eu vinha planejando um novo post sobre esses casos, mas fui deixando de lado com a correria do dia-a-dia. Mas, acabou surgindo um caso novo, que não me deixou adiar mais esse post.

Há uns dois meses soube que Mark Knopfler, o magnífico cantor, compositor e guitarrista criador do dIRE sTRAITS iria lançar uma versão especial de sua música “Going Home”, da trilha sonora do filme Local Hero, com participação dos mais diversos e incríveis guitarristas do mundo e outros músicos, para arrecadar fundos para o Teenage Cancer Trust e o Teen Cancer America, para ajudar no combate ao câncer por essas instituições.

De cara, fiquei maravilhado com a lista de participantes, que incluía Jeff Beck, Eric Clapton, David Gilmour, Joe Satriani, Slash, Pete Townshend, Steve Vai entre muitos outros, incluindo o meu favorito ever, Brian May. E, na bateria, nada menos que Ringo Starr e seu filho Zak Starkey. Não tinha como ser ruim, ainda mais que a música, em si, é uma das músicas mais lindas já compostas nesse universo, na minha opinião. Está na lista daquelas músicas que não precisam de letra para te fazer chorar ao ouvir.

Imediatamente, então, coloquei na minha agenda o dia do lançamento (15 de março) e fiquei ansiosamente aguardando para ouvir essa preciosidade.

Eis que chega o dia 15 de março e lá vou eu ouvir a música assim que ficou disponível. Estava curioso para ir ouvindo as guitarras e tentar identificar os autores de cada melodia. Mas, estranhamente, assim que dei o play, quando ouvi as primeiras notas de guitarra (que agora sei que foram gravadas pelo Jeff Beck), já pensei: “Opa, conheço essa melodia, mas não é da música que eu esperava ouvir…”. Fiquei meio encucado na hora tentando identificar de onde eu conhecia aquela melodia.

Trilhas de filmes

Esse é o trecho:

Reconheceram? Logo depois reconheci que é a melodia de uma outra trilha sonora, muito famosa, cujo vocal, inclusive, foi gravado por uma das minhas cantoras norueguesas favoritas, Sissel:

Não é incrível?

Club 27 x Grease

Em 2019, a Nickelodeon lançou uma série infanto-juvenil em espanhol chamada Club 57, contando a história de uma máquina do tempo (a Franken TV) que permitiu a Eva e seu irmão Rubén viajarem no tempo, para 1957, onde ela se apaixona por JJ, estudante da mesma escola. Eu assisti essa novelinha com meu filho, muito feliz por ela tratar de duas coisas que amo: viagem no tempo e a década de 1950, que curto especialmente pelas músicas.

A música de abertura é muito boa, bem como outras da trilha sonora, como “Ladrona”, que eu adoro. Mas, nessa música, tem um trecho que, tenho certeza, foi totalmente inspirado em (ou copiado de) um filme que também retrata a mesma década de 1950 e que eu também amo: Grease!

Ouçam o trecho de Ladrona:

Agora ouçam o trecho de “Grease Lightning”, da trilha sonora de Grease:

Bem óbvio, não?

Vanusa x Black Sabbath

Um caso interessantíssimo, trazido pelo leitor do blog Marco, é o da brasileira Vanusa e do Black Sabbath. Embora, de cara, imagino que muita gente já pense que a Vanusa poderia ter copiado ou se inspirado no Black Sabbath, fato é que sua música “What to Do”, da Vanusa, foi lançada em 1968, enquanto que “Sabbath Bloody Sabbath”, do Black Sabbath (haja Sabbath juntos :D), foi lançada apenas em 1973.

A semelhança é impressionante. Ouçam “What to Do”, da Vanusa:

Agora ouçam a música do Black Sabbath:

Impressionante, não?

Buck Owens x Skank

Já nosso leitor do blog Habrão Barbosa Fonseca Neto trouxe um caso muito interessante também, de músicas totalmente distintas em termos de proposta uma da outra e com longos anos de distância.

Entre 1966 e 1972, foi ao ar, nos EUA, um programa chamado The Buck Owens Show. Pela distância temporal, diria que não houve nenhuma influência, mas, sim, uma similaridade casual com “Sutilmente”, do Skank, lançada em 2008.

Ouçam a abertura de The Buck Owens show:

E esse é o início da conhecida “Sutilmente”, do Skank:

O que acham?

AC/DC x Titãs

Mais um caso trazido por um leitor do blog, o Fernando, envolve uma música de 1976 e uma lançada em 1989.

A primeira é “Jailbreak”, gravada pelo AC/DC. Ouçam:

Agora, ouçam o comecinho de “Flores”, dos Titãs:

Lembra ou não lembra?

Mike & THe Mechanics x Backstreet Boys

Para finalizar, duas músicas que, na minha cabeça, sempre estiveram ligadas. A primeira, lançada em 1995, é “Over My Shoulder”, do Mike & The Mechanics, música que fez bastante sucesso. Apenas quatro anos depois, o Backstreet Boys lançou um de seus maiores hits, “I Want It That Way”.

Primeiro, a melodia em geral já me soa parecida. Ouçam:

Mike & The Mechanics

Backstreet Boys

Mas, o principal, pra mim, é esse trechinho:

É sério. Pode ser viagem minha, mas, sempre que ouço a música do Mke & The Mechanics, quando cantam “Looking Back”, eu fico com vontade de cantar na sequência: “Ain’t nothing but a heartache”. 😀

That’s all folks!

Os anos 1980: Asdrúbal Trouxe o Trombone e o Circo

Sou totalmente geração Anos 80. Ou, como resolveram nos classificar, sou da geração X. Vivi a explosão do rock nacional na minha adolescência. Tive a oportunidade de ver, na minha querida Lins, grandes shows da época, como RPM (em começo de carreira), Titãs, Ira! e Rádio Táxi. E ainda tive a oportunidade de, por várias vezes, ir ao saudoso Projeto SP, na Rua Caio Prado, em São Paulo, para ver shows incríveis como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Tokyo e RPM (já no seu auge), ou na Latitude 3001, onde vi um show inesquecível da Plebe Rude. Depois que ganhei minha bateria, tocava as músicas de todas essas bandas e muito mais com meus amigos. Das melhores partes da minha juventude.

Apesar dessas boas experiências, isso tudo era esporádico. Cresci em uma cidade de interior, longe dos centros culturais. Mas, sempre lia muito sobre os artistas, sabia o nome de todos os membros de cada banda que gostava, sabia quem tinha mudado de banda (como o Lobão, que era baterista da Blitz, e Charles Gavin, que era do Ira!, antes de ir para o Titãs) e curtia, também, diversos atores e atrizes daquele novo e incrível caldeirão cultural, em programas como Armação Ilimitada e TV Pirata.

Nesse cenário, pra mim, o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone tinha um status mítico! Saber que dali saiu Evandro Mesquita (de quem sou fã incondicional, como músico e como ator), Patrícia Travassos (atriz, ex-mulher do Evandro e co-autora de diversas músicas da Blitz), Luis Fernando Guimarães e Regina Casé, que eu amava na TV Pirata e nas novelas. Junto com o Asdrúbal, também viajava nas histórias que lia sobre o Circo Voador, como palco mágico de tantos artistas que despontavam na época.

Nem imaginava eu, então, que a vida me levaria a morar no Rio de Janeiro, para onde me mudei no início dos anos 1990. Mas, na época, a Blitz já tinha acabado e tinha entrado no meu rol de shows que sonhava em ver, mas que eram impossíveis. Aí, pra minha felicidade suprema, em 1994, a Blitz não só voltou à ativa, como voltou com a formação original (exceto pela Fernanda Abreu, já em carreira solo de sucesso). Pra melhorar, além de realizar meu sonho de ver o show da Blitz (com participação da Fernanda Abreu, aliás), o show foi no Circo Voador, na Lapa! Indescritível!

E com todas essas memórias vivas é que tive a grata surpresa de descobrir, meio sem querer, que a Netflix disponibilizou um documentário chamado “A Farra do Circo”, que conta a história da criação do Circo Voador nos anos 1980, mostrando toda a efervescência cultural desafiadora daquela época, em que nos soltávamos das amarras do regime militar. O documentário não tem narração, mas apenas filmagens, com entrevistas e matérias da época, incluindo diversas peças e shows realizados naquele local. E, pra minha imensa surpresa e felicidade, o documentário já começa com uma apresentação do Asdrúbal Trouxe o Trombone, coisa que eu nunca tinha visto!

Mais ainda, o documentário traz apresentações da Blitz (ainda com o Lobão na bateria!), do Barão Vermelho, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paralamas do Sucesso (tocando Veraneio Vascaína, famosa pelo Capital Inicial), dentre outros.

Então, na verdade, e considerando que me parece não haver muita divulgação, o objetivo maior desse post é recomendar a todos, especialmente àqueles que viveram os anos 1980, que assistam a esse documentário incrível!

Pra facilitar, segue o link direto do documentário: https://www.netflix.com/watch/81410457

E viva a geração X!

Intérpretes x Compositores

Um bom intérprete, com competência técnica vocal, pode fazer toda a diferença em uma música. Melhor ainda quando, além de técnica, o intérprete tem um timbre especial e diferenciado, como já escrevi sobre em um post.

Infelizmente, hoje em dia, estamos indo na direção contrária. Cada vez mais o que se tem são intérpretes que só cantam porque usam Autotune nas gravações e, em muitos casos, para piorar, também ao vivo, quando não usam vocais pré-gravados de apoio.

E nesse mundo em que a aparência é mais valorizada que a qualidade de verdade, todo o foco na música recai sobre o intérprete da música, simplesmente se esquecendo de quem a compôs. Por exemplo, se você pesquisa na internet sobre uma música, as referências são sempre somente a quem é o cantor, demandando uma pesquisa mais profunda e, muitas vezes, infrutífera, se você quiser descobrir sobre a composição dela.

Uma das coisas que mais amava quando comprava um disco de vinil novo, ou mesmo um CD depois, era pegar o encarte e ler, para cada música, quem escreveu a letra e quem compôs a melodia. Isso sem contar ler onde o disco tinha sido gravado (tipo, adorava pegar os discos dos anos 80 e ver quando a gravação tinha sido no estúdio Nas Nuvens, que eu sonhava conhecer).

Por isso, acho que, infelizmente, hoje em dia, há uma subvalorização dos compositores, dando a impressão de que tudo da música se deve ao intérprete. Mas, na verdade, há grandes compositores que, muitas vezes, não assumem os vocais de suas músicas, restringindo-se à composição mesmo. E mesmo nos casos em que o compositor também é intérprete, muitas vezes sua composição é interpretada por outros artistas. Um exemplo que me vem à mente é o da belíssima música Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim. Apesar de lindamente interpretada por Ivete Sangalo, a música foi composta pelos incríveis Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle.

Sempre que gosto de uma música, por mais bem interpretada que seja, quero saber quem compôs a música e a letra. E sempre tive dificuldade em conseguir essas informações na internet, nesse mundo sem encartes em discos de vinil ou CD.

Posso até estar atrasado nessa descoberta, mas, essa semana, pensando nisso, resolvi checar se essa informação não estaria disponível no Spotify. E foi com muita alegria que descobri que sim, está disponível!!!! Para quem quiser obter a informação, é fácil. Usando o exemplo da música interpretada pela Ivete Sangalo:

Clicando nos três pontinhos do lado direito, uma das opções que irão aparecer é “Mostrar créditos”:

Clicando ali, são mostradas as informações de quem é o intérprete, quem compôs a música (infelizmente sem informação separada por letra e melodia) e quem foi o produtor. Melhor ainda, a fonte é confiável, normalmente, a própria gravadora.

Obs.: já chequei com quem usa Deezer, e também tem essas informações disponíveis em “Créditos musicais”.

Então, meus problemas basicamente se acabaram. Apesar de continuar sem a informação específica de quem fez a letra e quem fez a melodia, pelo menos ficou fácil conseguir informação confiável sobre os compositores de cada música.

Como seria Freddie Mercury apresentando Crazy Little Thing Called Love para os demais membros do Queen…

Imagine a cena.

Freddie Mercury está na Alemanha, gravando o que seria o álbum The Game. Um dia, durante o banho em seu quarto no hotel Hilton, em Munique, aparece a inspiração e Freddie tem a ideia para uma música nova! Sai do banho enrolado na toalha, pega o violão e, em menos de 10 minutos, coloca no papel sua nova composição.

No dia seguinte, de volta ao estúdio, e depois de elaborar melhor a música, Freddie diz aos demais membros da banda:

– Ontem compus uma música nova no violão, estilo Elvis.

E Brian, John e Roger, em uníssono, reagem:

– No violão?????

E começam a rir.

Freddie, com cara de deboche, diz:

– Tá, vai sacaneando. Querem ouvir a música ou não?

Os demais, então, dão uma trégua e concordam:

– Claro! Toca aí.

Freddie, então, pega o violão e diz:

– Essa guitarra boba nunca toca os acordes que eu quero que ela toque. Mas são só três acordes. Vamos ver o que acontece.

E começa a tocar…

Brian, Roger e John, então, batem palmas e dizem:

– Excelente! Tem que entrar no disco!

E assim, mais um clássico foi criado por esse gênio Freddie Mercury!

Nota explicativa: mais uma vez, faço um post em homenagem ao único Freddie Mercury, hoje, quando se completam 31 anos de sua partida. A história é baseada em fatos reais. Mas, os diálogos, claro, foram criados por mim. O áudio foi editado por mim, a partir das faixas originais da música lançada, tudo feito pelo Freddie, da forma mais próxima possível do que seria ele realmente apresentando a música sozinho para os demais membros da banda.

Espero que gostem e celebrem a genialidade de Freddie!

Eu vi o ABBA ao vivo!

Além de mencionar a banda em alguns posts, já escrevi dois posts neste blog especificamente sobre o ABBA. Muito por influência principalmente de um dos meus irmãos, ouvia ABBA desde pequeno e passei a admirar os arranjos maravilhosos e os vocais únicos da Frida e da Agnetha. Tanto que, como já escrevi aqui no blog, o primeiro disco que comprei na vida foi uma coletânea ABBA Greatest Hits (juntamente com o disco The Jackson 5 Live).

Essa admiração aumentou ainda mais depois que me apaixonei pela Noruega e, por tabela, pela Escandinávia. Aliás, a Agnetha certamente foi uma das minhas primeiras paixões platônicas. Depois, passei a achar a Frida muito mais bonita, o que não está relacionado ao fato de ela ter nascido na Noruega 😀

No primeiro post que escrevi sobre o ABBA, em 2017, comentei sobre como a alma do grupo continuava viva, nas músicas compostas pelo Benny e pelo Bjorn depois do fim da banda e sobre como tinha esperança de ouvir a Frida e a Agnetha cantando essas músicas, porque então já havia umas notícias de que havia um projeto de se criar alguma apresentação virtual.

Em 2 de setembro do ano passado (2021), no dia em que o ABBA anunciou sua volta, lançando duas músicas novas e divulgando que lançariam um novo disco com músicas inéditas, escrevi um novo post contando sobre essa volta e o anúncio de que estavam construindo uma arena em Londres onde estreariam finalmente aquele show virtual, por meio de seus ABBA-tars. Ao final do post, comentei que havia possibilidade de o show ser levado em turnê pelo mundo e que isso aumentava minha “chance de realizar o sonho de ‘vê-los’ ao vivo!”.

E não é que o sonho virou realidade???? Eu vi o ABBA ao vivo!!!! Em julho, fui ao show na Arena ABBA, em Londres! A ansiedade era grande. Antes de ir, optei por não buscar informações sobre set list, se teria banda, ou qualquer outro spoiler. No dia do show, acabamos chegando meio em cima da hora do show, tipo uns 20 minutos antes. Como tinha comprado ingresso de pista, já estava conformado que acabaria ficando lá para trás. Mas, para minha felicidade, todo mundo estava bem tranquilo quando chegamos, sentados no chão, com uns espaços sobrando. Então, acabamos ficando colado no palco.

Foto: Kiko Imamura

Se alguém quiser evitar saber um pouco do show, melhor interromper a leitura desse post aqui mesmo, porque vai ter um pouco de spoiler.

O show começou pontualmente, com uma das minhas esperanças atendidas: havia uma banda tocando ao vivo, com alguns backing vocals. Enquanto a banda começava a tocar, a tela que fechava a visão do palco foi se abrindo, permitindo ver os músicos, que ficam mais ao lado esquerdo do palco (para quem olha o palco de frente – veja na outra foto mais abaixo).

De repente, simplesmente as silhuetas dos quatro membros do ABBA começam a surgir no palco, subindo a partir do chão, como se estivessem subindo em uma plataforma. Apesar de só dar para ver as sombras, a visão era totalmente real! Eu conseguia ver eles ali de verdade, em carne e osso!

Foto: vídeo promocional do ABBA Voyage oficial.

Então, as luzes se acendem e a gente vê o ABBA, em todo seu resplendor, como eram nos anos 1980, tocando, cantando e dançando na sua frente! É uma sensação indescritível! Não aguentei e já comecei a chorar.

Já na primeira música, eu já senti que queria ver aquele show de novo!! Apesar de a banda ser excelente, passei o show todo olhando para os ABBA-tars, aproveitando cada segundo daquela visão mágica! Poder ver o Bjorn dedilhando as cordas da guitarra, o Benny tocando piano, a Agnetha e a Frida cantando e dançando na minha frente! O realismo é incrível! Além dos cabelos, os vestidos balançando, deixando à mostra as pernas delas quando dançavam, passando na frente dos outros integrantes da banda! Tudo muuuuuito real!

Foto: vídeo promocional do ABBA Voyage oficial.
Foto: vídeo promocional do ABBA Voyage oficial.

Não vou ficar falando de set list. Mas, posso dizer que, em algumas músicas, os ABBA-tars não aparecem, havendo apenas projeções de desenhos no telão e no palco. Nesses momentos, eu me permiti olhar para a banda tocando ao vivo! Há também uma música em que é a banda ao vivo que toca e as backing vocals que cantam.

Foto: vídeo promocional do ABBA Voyage oficial.

Não é possível filmar e nem tirar fotos durante o show, o que é compreensível, para manter a surpresa para quem for assistir. Mas, dá para ter um mínimo de ideia no vídeo do próprio ABBA de divulgação do show:

Vídeo: ABBA Voyage oficial.

A única coisa que eu sinto do show é que, como a parte dos membros da ABBA é virtual, os vocais da Agnetha e da Frida são pré-gravados. Como consequência, os vocais são como nos álbuns, em que elas gravavam várias vezes e sobrepunham os vocais, ao invés de ter apenas e as vozes simples das duas ali, como era nos shows ao vivo enquanto a banda estava na ativa. E o que poderia melhorar seria se todas as músicas fossem com os ABBA-tars, sem as projeções de desenhos durante algumas músicas do show.

Não vou contar o que é, mas, ao final do show, além de toda a emoção da apresentação toda, tive mais motivo para chorar de novo! Assim, saí de lá feliz, realizado, com a voz gasta, maravilhado com tudo e esperando pelo dia em que vou poder voltar a ver esse show!

Então, para o ABBA, só posso dizer:

“Thank you for the music

The songs I’m singing

Thank you for the music, the songs I’m singing

Thanks for all the joy they’re bringing

So I say thank you for the music

For giving it to me.”

E, para quem gosta de ABBA, só posso dizer: se algum dia tiverem a chance de ver esse show, vá! Não tem como explicar. Só vivenciando!

O dia em que vi Mary Austin e a casa de Freddie

Hoje, mais uma vez, é aniversário de Freddie Mercury, que estaria completando 76 anos. É o dia ideal, então, para contar essa história super especial.

No dia 22 de julho, levei meus filhos para visitarem a casa onde Freddie Mercury morou e viveu até seu último dia de vida, em 24 de novembro de 1991. Fomos logo cedo, antes de fazer nossos passeios turísticos. Assim que viramos a esquina e entramos na rua (Logan Place), já vimos a casa tão inconfundível para todos os fãs do Queen, o que já fez o coração bater mais forte.

Mas, assim que estávamos chegando na casa do Freddie, por uma grande sorte, um casal de senhores, que estava prestando algum serviço ali na residência, abriu a porta de serviços, e, com isso, vimos a casa do Freddie de frente pelo portão aberto!!!

Para completar, nessa hora aparece a Mary Austin chamando o casal e deu para vê-la rapidinho!!! Foi de relance, mas foi muito especial! Não consegui entender o que ela falou, mas tenho para mim que ela estava justamente falando para o casal tomar cuidado ao abrir a porta, para evitar que alguém, como nós, bisbilhotasse a casa.

Tudo aconteceu muito rápido e, claro, não tinha como parar para tirar foto. Na verdade, nós seguimos andando, nervosos, fingindo que nem tinha acontecido nada demais, aproveitando que eu nem estava com camiseta do Queen. Fomos até o meio da rua, esperamos um pouco e voltamos para passar novamente na frente da casa do Freddie, mas, agora, o portão já estava fechado. Acabamos indo embora direto, felizes e nervosos, e acabamos nem tirando foto nem nada na frente da casa 😀

Quatro dias depois, lá vou eu, dessa vez sozinho, passar, de novo, na frente da casa do Freddie, no final da tarde. E, para minha felicidade total, de novo, um cara abriu a porta de serviços bem na hora que eu estava passando e eu pude, mais uma vez, ver a casa do Freddie de frente pelo portão aberto. Claro que, de novo, não tinha como tirar foto. Mas, encontrei essa foto na internet que mostra exatamente a visão que eu tive naquele momento e também no dia em que vimos a Mary:

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/829506825108394959/

Dessa vez, fui de novo até o meio do quarteirão e voltei, esperando ver a porta de serviços aberta. Passei por ali, mas a porta estava fechada. Então, como não tinha nada a perder, voltei para a frente da casa e tirei umas fotos da casa e umas selfies minhas ali. Quando segui para o final da rua, a porta de serviços se abriu com o mesmo cara, mas aí eu estava indo na direção oposta e não consegui olhar para a casa pelo portão. Mas, já estava feliz e fui embora.

Enfim, apesar de rápidos, tenho eternizado na minha memória ter visto de frente, por duas vezes, a casa do Freddie e ter visto a Mary Austin! Momentos especiais a serem compartilhados nesse dia especial! Feliz aniversário, Freddie!

Olivia Newton-John

Ontem, dia 8 de agosto de 2022, Olivia Newton-John foi cantar nos palcos celestiais. Achei que deveria postar, aqui, minha humilde homenagem a ela.

Cresci ouvindo Grease, por influência principalmente de um de meus irmãos, que me gravou a fita com a trilha sonora do filme. Também vi várias vezes o filme, na TV mesmo, porque não cheguei a ver no cinema, pois era muito pequeno.

Não sei em que ano vi pela primeira vez, mas, considerando que o filme é de 1978, deve ter sido no início dos anos 80. Então, diria que, provavelmente, a Olivia Newton-John foi minha primeira paixão platônica. Romântico que sempre fui, ficava com raiva do Danny por agir como babaca e não se declarar para a Sandy.

Justamente por tudo isso, acho que meu momento mais especial no filme é quando a Sandy, que está dormindo com as amigas, sai da casa e canta Hopelessly Devoted to You, que, pra mim, é uma das músicas mais lindas já compostas nesse universo.

É claro que amo as músicas todas do filme. São tantas boas, inclusive aquelas não cantadas pela Olívia. Aliás, para quem nunca ouviu, ouçam a trilha sonora toda! Tem músicas excelentes que não aparecem no filme. A minha preferida é Mooning, que é incrível, e que descobri apenas porque fui justamente no musical do Grease em Londres, em 1994:

Depois, a admiração pela Olivia Newton-John continuou com o maravilhoso Xanadu! A versão do filme, com Gene Kelly e o pessoal todo andando de patins, batendo palmas e gritando “Hooo” é marcante demais!

Aliás, eu amo a versão ao vivo de Xanadu que a saudosa Video Hits tocava. Tanto que acabei postando no meu canal no Youtube, porque é boa demais pra não ser ouvida!

Infelizmente, acabei não acompanhando muito a carreira da Olivia após a fase Physical. Sempre sonhei em vê-la ao vivo cantando com o John Travolta as músicas do Grease. Infelizmente, não vi nenhum show dela, mas cheguei a vê-la cantando com sua voz doce uma música no encerramento da Eco-92, no Aterro do Flamengo.

Sei que ela vinha de uma longa batalha contra o câncer, mas é uma pena que tenha ido tão cedo. Fica meu respeito por ela e pela sua música.

Descanse em paz, Olivia Newton-John.

One Kind of Vision ou A Vision of Magic

Em 1985, o Queen foi convidado pelo diretor do filme Highlander, Russel Mulcahy, para compor uma música para a trilha sonora do filme. Para ajudá-los na composição, o diretor do filme convidou os membros da banda para assistir a trechos do filme, que ainda estavam sendo editados. Que me lembre, viram algo como meia hora do filme, o que foi suficiente para despertar a inspiração e criatividade dos membros do Queen. Tanto que, indo embora dessa exibição de trechos do filme, no banco de trás do carro, Brian May já compôs a linda e arrepiante Who Wants to Live Forever.

Como não podia ser diferente em uma banda formada por quatro gênios musicais, todos os membros compuseram música inspirada no filme:

– Freddie Mercury compôs “Princes of the Universe”;

– John Deacon compôs “One Year of Love”;

– Brian May compôs “Who Wants to Live Forever” e “Gimme the Prize (Kurgan’s Theme)”; e

– Roger Taylor compôs “A Kind of Magic” e “Don’t Lose Your Head”.

Todas essas músicas entraram na trilha sonora de Highlander e foram incluídas no álbum do Queen intitulado “A Kind of Magic”, lançado em 1986. No disco, além das músicas do filme, foram incluídas “Friends Will Be Friends”, “Pain Is So Close to Pleasure” e “One Vision”, esta última lançada anteriormente, ainda em 1985, e que entrou na trilha sonora de outro filme, Iron Eagle.

O álbum fez muito sucesso e marcou a última turnê do Queen, naquele mesmo ano de 1986. Duas das músicas que fizeram muito sucesso nesse disco foram “One Vision” e “A Kind of Magic”. O curioso é que, mesmo as duas músicas fazendo muito sucesso e sendo bastante conhecidas do público, eu diria que a maioria das pessoas não percebe que as duas músicas estão intimamente ligadas.

Já repararam que as duas músicas têm a primeira estrofe toda iniciada com a palavra “one”? Vejamos “One Vision”:

One man, one goal
One mission
One heart, one soul
Just one solution

Agora, “A Kind of Magic”:

One dream, one soul
One prize, one goal
One golden glance of what should be

Mais do que isso! Repararam que as duas músicas têm “one soul” e “one goal”, só invertida a ordem de qual vem primeiro?

Além disso, enquanto tem “One flash of light” em “One Vision”, em “A Kind of Magic” tem “One shaft of light”!

Mas isso não é simples coincidência! O motivo é que, inicialmente, as duas músicas foram parte de uma única música!

Antes, vamos voltar à história. Como já disse o Roger Taylor em entrevista de 1985 (e que pode ser revista aos 3:40 do episódio 31 de “Queen The Greatest” (https://www.youtube.com/watch?v=2wmk_C6fzOo&t=229s), Roger começou a compor a letra de uma música baseada no famoso discurso “I have a dream”, de Martin Luther King. Mas, como Roger conta na entrevista, a banda mudou todas as palavras escritas por ele, que já não sabia mais sobre o que se tratava “One Vision”. Perguntado pelo entrevistador quem fez isso, Roger respondeu: “Maldito Freddie”!

Mas, fato é que, até o “maldito Freddie” inventar de colocar, junto com o Brian, a mão na letra do Roger, já que o John assumiu que chegou tarde e não teve muita participação nisso (o que é comprovado no mencionado vídeo do episódio 31 de “Queen The Greatest”), “One Vision” era “A Kind of Magic” e vice-versa.

Para mostrar como isso é verdade, na imagem abaixo eu marquei, em azul, as partes da letra que ficaram em “One Vision” (primeira coluna) e, em amarelo, as partes da letra que ficaram em “A Kind of Magic” (segunda coluna). Em verde, os trechos que ficaram nas duas músicas. Na terceira coluna (da direita), a letra da música original, quando “One Vision” e “A Kind of Magic” eram uma única música. Como podem ver pelas cores (azul de “One Vision”, amarelo de “A Kind of Magic” e verde das duas), realmente a letra é basicamente metade de cada uma:

Agora, sim, com vocês, a origem de “A Kind of Magic” e de “One Vision”:

Como dá para perceber, apesar da batidinha programada, diferente do que ficaria na versão final, a melodia da música original é basicamente de “A Kind of Magic”. A letra que ficou para “One Vision” foi, aí sim, complementada pelo Freddie e pelo Brian, inclusive com um trecho citando mais explicitamente a ideia original baseada em Martin Luther King (“I had a dream…”). E a nova letra ganhou uma nova roupagem melódica, com o inconfundível riff de guitarra do Brian.

Com relação à letra, ainda, dá para perceber que “A Kind of Magic”, além do próprio título, acabou incorporando outros elementos que vieram do filme Highlander, como “one prize”, “no mortal man can win this day” e, claro, “there can be only one”!

Enfim, mais uma vez, Queen sendo Queen. Conseguiram fazer uma música virar duas incríveis e de enorme sucesso cada uma!

Citações musicais

Quem me conhece sabe que eu adorei o disco novo do ABBA que acabou de ser lançado. Simplesmente ABBA no seu melhor estilo de sempre, mas sem soar velho. Aliás, de fato, à exceção de “Just a Notion”, que é originalmente de 1978 e foi repaginada, as outras são todas músicas novas e inéditas. Não achei nenhuma música ruim no álbum e vale ouvir na íntegra.

Mas, tem um detalhe fenomenal que me inspirou para escrever esse post. Uma pequena referência a uma outra música antiga do ABBA. E isso é algo que eu adoro, essas pequenas citações musicais colocadas no meio de uma música. Não são músicas incidentais. É algo extremamente sutil, bem embutido na música, mas que serve para indicar as referências musicais do autor e, possivelmente, para homenagear essas referências.

Vou comentar nesse post, então, algumas dessas citações musicais que eu adoro.

No novo álbum Voyage, ao final da música Keep An Eye On Dan, há uma pequena citação musical que, diferentemente das outras citações musicais que vou citar, é uma referência ao próprio ABBA. Ouçam:

Reconheceram? Ouçam a original?

Genial, não?

Partindo do ABBA para outro favorito, o Brian May acabou de relançar seu disco Back to the Light, originalmente de 1992. O disco inteiro é perfeito, só músicas excelentes. Em uma das mais rock’n’roll, Brian faz uma citação musical à maior referência do Queen:

Reconheceram? Muito clássica!

Mais uma das minhas favoritas, a banda espanhola La Oreja de Van Gogh, em seu bonus track Tan Guapa, do álbum El Planeta Imaginario, faz uma citação bem sutil a outro gênio. Algumas pessoas poderão até dizer que não foi proposital mas, sabendo do conhecimento musical da banda, duvido que não tenham feito intencionalmente.

Deu pra reconhecer?

Confirmando a admiração pelos Beatles, La Oreja de Van Gogh fez uma bela citação musical ao final da música “La Primera Versión”, do álbum “A Las Cinco em el Astoria”, primeiro disco com a Leire Martinez nos vocais:

Reconheceram?

Vindo para o Brasil, a saudosa Mamonas Assassinas fez várias referências em seu disco de mesmo nome. Mas, a que realmente acho genial é essa, em “Bois Don’t Cry” (cujo nome, aliás, já é uma citação :D):

Clássica, né?

Com certeza tem muitas outras citações musicais perdidas por aí. Quem sabe em outro post.