Atualmente, as TVs no Brasil e no mundo estão infestadas de programas de talentos que buscam descobrir novas vozes, ídolos ou estrelas que tenham um fator X. Desses programas, eu tinha uma preferência pelo The Voice, porque sempre achei interessante a ideia de os jurados não verem os candidatos, o que, em tese, permitiria escolher os melhores efetivamente pela voz e pela interpretação.
Infelizmente, hoje em dia, mesmo o The Voice me parece ter perdido o sentido. Os jurados parecem escolher candidatos porque gostaram da música escolhida, do sotaque do candidato ou sei lá o que, mas fato é que têm escolhido candidatos que, na minha opinião, não tem nada de excepcional. Pra piorar, ainda ficou comum ficarem rasgando seda mesmo desses candidatos sem sal.
Então, nesses tempos de muita firula e autotune, tenho pra mim que, se você quiser saber se alguém canta bem, basta pedir pra cantar duas músicas que, a meu ver, pelas suas variações melódicas, semitons e andamento, funcionam como um excelente teste para cantores e cantoras. A primeira, e a melhor pra mim, é Rosa, do Pixinguinha. Amo especialmente a versão gravada pela Marisa Monte em seu disco Mais, de 1991:
A segunda, mais recente, é All I Ask, composta por Bruno Mars, Adele, Philip Lawrence e Christopher “Brody” Brown e gravada pela Adele em seu álbum 25, de 2015:
Claro que conseguir cantar essas músicas sem desafinar não significa que o cantor ou a cantora seja algo especial, fadado ao estrelato, porque ainda vai fazer diferença a interpretação e o timbre vocal. Mas, já é um ótimo começo e uma esperança de que o sucesso pode acontecer 🙂
Piano Branco 